Na cidade de Kashiwazaki da província de Nigata
Sobre o suporte às vítimas
Pelo conselheiro itinerante
Centro Amayadori de apoio às vítimas da cidade de Kashiwazaki
Terumi Igari, conselheiro itinerante
Passaram-se nove meses desde o Grande Terremoto no Leste do Japão, quando os habitantes de Minamisoma-shi, na província de Fukushima, tiveram de se deslocar para os abrigos em Kashiwazaki-shi, na província de Nigata. Atualmente em Kashiwazaki-shi, no Centro Amayadori de apoio às vítimas da cidade de Kashiwazaki, temos uma equipe de apoio Mimamori Care, que presta assistências às vítimas e refugiados.
O motivo de termos começado esse trabalho foi porque tínhamos o desejo de ajudar e pensamos qual seria a maneira que nós teríamos de ser úteis para as vítimas. Nas nossas atividades, ouvimos as pessoas nos contarem sobre a situação no momento do desastre e a condição psicológica no presente, entrando em contato com as angústias que essas vítimas carregam, e ficamos felizes se pudermos tirar pelo menos um pouco desse peso das pessoas que vêm desabafar.
No começo estava muito nervoso, não conseguindo conversar muito bem, e tinha receio de que as pessoas talvez não viessem se consultar comigo, mas hoje as pessoas se lembram de mim e algumas até me dizem coisas como “estava esperando você vir” ou “estou contando com o seu apoio”.
Logo chegará o inverno de verdade. Desejo que as pessoas das NPOs e voluntários tentem compreender o desejo e o pensamento dos refugiados e possam continuar a prestar assistência no cotidiano dos abrigos a longo prazo.
O ser humano não pode viver só. Especialmente por se tratar de um local desconhecido e um ambiente não familiar, devemos oferecer ajuda e alegria uns aos outros, aprofundar os relacionamentos sem se cansar demasiadamente, sem se esforçar demais, seguindo em frente com as mãos dadas.