No Grande Desastre no Leste do Japão em 11 de março, adicionando aos terremotos e tsunamis, o acidente com a usina nuclear forçaram a maioria das pessoas de Fukushima a viver em abrigos. Com a determinação de áreas de perigo indicadas pelo governo, pessoas que foram obrigadas a se separarem de sua terra-natal, pessoas que se abrigaram devido ao nível elevado de contaminação nuclear, por exemplo, entre outros, elas se refugiaram em outras regiões da e fora da província.
Por causa da vida em abrigo sem muito futuro, juntamente com as medidas necessárias tomadas pelo país e pela Tokyo Denryoku, são necessárias medidas que tragam de volta a terra-natal dos cidadãos de Fukushima, para que essa grande maioria que está passando por dificuldades consigam voltar à vida normal e a suas terras o mais rápido possível.
Nesse intervalo, na Universidade de Fukushima, formamos o Centro de Pesquisas para a Reconstrução Pós-Desastres (Saigai Fukko Kenkyujo) em abril e, juntamente com a realização de pesquisa em abrigos e casas temporárias, temos prosseguindo com trabalhos para contribuir para a melhoria da vida de todas as vítimas. Em junho e julho, realizamos uma pesquisa com pessoas, cerca de 200 famílias, que foram obrigadas a se abrigarem em Tóquio e investigamos questões sobre a vida nos abrigos, reais condições da “vida dupla”, conscientização voltada para o retorno, entre outros. Ainda em setembro, trabalhamos, em conjunto com órgãos locais, com a pesquisa sobre condições reais de todos aqueles (todas as famílias) que moravam nas 8 aldeias do município de Futaba-gun, redondezas da usina nuclear.
Com essa pesquisa, vozes como “Quero voltar para casa logo. Atualmente frequento o hospital mas estou inseguro(a) com a saúde”, “Quero que o governo e instituições afins mostrem o período de retorno”, e ainda, das pessoas que foram obrigadas a morarem separadas de suas famílias, recebemos muitas críticas como “Se vivermos separados das famílias, a mútua compreensão não será fácil e acabaremos entrando em conflito.”
O que ficou claro com a pesquisa é que a maioria das pessoas tem uma forte vontade de voltar para sua terra-natal. Além da sensação de insegurança com o futuro incerto de não saber quando poderão voltar, e da alta quantidade de radiação e do trabalho de descontaminação.
A partir de agora, segue-se um longo caminho em direção à reconstrução. Vamos nos esforçar para conseguir trazer de volta o mais rápido possível a linda Fukushima, trazer de volta as pessoas que estão abrigadas e também a vida de todos os cidadãos de Fukushima roubada pelo desastre.
Fuminori TAMBA,
Centro de Pesquisas para a Reconstrução Pós-Desastres da Universidade de Fukushima